Agravo
STJ regulamenta procedimentos da nova Lei do Agravo
O
STJ publicou na última sexta-feira, 10/12, resolução que regula o
processamento do agravo contra decisão que nega a admissibilidade de
recurso especial. O agravo de instrumento agora será classificado como
agravo em recurso especial (AResp). O procedimento foi alterado pela lei
do Agravo, que entrou em vigor na quinta-feira, 9/12.
Em
2010, até outubro, foram decididos 114.969 agravos no STJ. O número
corresponde a 37% das decisões no período. Agora, esses processos não
precisarão ser protocolados de forma avulsa. A petição de agravo será
juntada nos autos da ação principal, os quais seguirão inteiros para o
STJ. Historicamente, entre 50% e 70% dos agravos são rejeitados no t
ribunal.
A
resolução 7/10 mantém a competência da Presidência para apreciar, antes
de distribuídos, agravos que sejam manifestamente inadmissíveis ou
cujos recursos especiais estejam prejudicados ou em confronto com súmula
ou jurisprudência dominante do STJ. O presidente também pode dar
provimento ao recurso especial caso a decisão recorrida esteja contrária
à jurisprudência ou súmula do STJ.
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RESOLUÇÃO Nº 7 DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010
Dispõe
sobre a alteração introduzida pela Lei n.12.322/2010 no processamento
do agravo interposto contra decisão que inadmite recurso especial.
O
PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no uso das atribuições
regimentais previstas no art. 21, inciso XX, combinado com o art. 10,
inciso V, ad referendum do Conselho de Administração,
RESOLVE:
Art. 1º Fica criada a classe processual de agravo em recurso especial (AResp).
Art.
2º Quando houver nos autos recurso especial admitido e agravo referente
a recurso especial inadmitido, autuar-se-á o feito com registro único
na classe 'recurso especial' (REsp), com indicativo de existência do
agravo.
Parágrafo único – Constarão da autuação as partes recorrente/recorrido e agravante/agravado.
Art. 3º Fica mantida a competência prevista na Resolução n. 3 de 17 de abril de 2008 quanto aos agravos de instrumento.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Ministro ARI PARGENDLER